Em pesquisa divulgada na 9ª edição do seminário 'Cinema, que mídia é essa?', Ibope Mídia aponta crescimento de 34% nos investimentos nas salas de exibição no 1º semestre

O cinema enquanto mídia cresceu em 34% o volume de investimentos nos números consolidados de 2006 em relação a 2005, de acordo com o Ibope Mídia. Os números apresentados durante a 9ª edição do Seminário 'Cinema, que mídia é essa?', realizado na última sexta-feira, dia 28, na tenda montada na Praia de Copacabana para o Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, mostram que as 565 salas de dez praças mensuradas pelo instituto faturaram em valores de tabela o equivalente a R$ 146 milhões no primeiro semestre deste ano contra R$ 109 milhões do mesmo período em 2006.

A executiva do Ibope Mídia responsável pelo estudo, Mayra Vasconcellos, mostrou ainda que só a Unilever responde por R$ 22,9 milhões do montante, seguida por Coca-Cola, R$ 18 milhões; Ford, R$ 12 milhões; Kaiser, R$ 6,7 milhões; e Ambev, R$ 6,4 milhões. Juntos, esses cinco anunciantes representam 49% do total investido na mídia cinema no primeiro semestre. Refrigerantes, veículos de passeio, higiene, cervejas e mercado financeiro são os setores que mais anunciam, com participação de 40%. O share no bolo, que fechou em 0,3% em 2005 e 0,4% em 2006, está em 0,7% este ano. Em número de inserções, porém, é a terceira mídia com 12,1 milhões atrás apenas de jornais e revistas. Melanie Schroot, representante da Nielsen EDI na mesa de debate, também apresentou números curiosos do mercado brasileiro.

O faturamento em bilheterias no Brasil cresceu de R$ 668,8 milhões em 2005 para R$ 695,5 milhões no ano passado, mas o público caiu de 92,5 milhões para 88,5 milhões. Eric Mardoché, diretor do Guia Boca-a-Boca, apresentou dados do trabalho de sua empresa, especialista em orientar campanhas de marketing para lançamento de filmes.

No segundo bloco, participaram Fátima Rendeiro (Quê comunicação), Sandro Rodrigues (Playtoo Advertaintment), Pedro Porto (Santa Clara) e o presidente do Clube de Criação do Rio de Janeiro, Flavio Medeiros (NBS Comunicação), com moderação de Antônio Jorge Pinheiro (Mídia 1), organizador e criador do seminário. Todos reconheceram que a maior parte do mercado muitas vezes exclui a mídia cinema de seus planejamentos por falta de conhecimento do meio e uma certa incapacidade em criar campanhas adequadas.

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